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sábado, 14 de julho de 2012

Juventude Negra Mostre Sua Cara!

Em nenhum outro instante da historia desse país viveu-se um momento como este. 
O Brasil parece finalmente estar caminhando para o progresso anunciado na então era do positivismo ainda hoje estampado em nossa bandeira. Todavia, justamente se opondo ao direto positivo entenda-se (principio da igualde), que caminhamos rumo ao um novo progresso um progresso sem exclusão.

 O Brasil em fim entendeu com a adoção de ações afirmativas como as COTAS RACIAIS nas universidades públicas que a igualdade deve ser uma meta a se alcançar gradualmente e não uma norma estática (letra morta). Com isso saímos de uma igualde meramente formal para a busca por uma igualdade material.
Entretanto, este passo importante do Estado Brasileiro é apenas mais um em uma longa jornada pela integração social. até que se possa quitar a divida senil que este tem com povo negro e especialmente da juventude negra.

Os jovens negros tiveram no período de 1980 a 2004, um índice de mortalidade 85,3% superior aos jovens brancos. Enquanto as taxas de homicídios entre os jovens aumentaram de 30 para 51,7 (por 100.000 jovens), neste mesmo período as taxas de homicídio para o restante da população diminuíram de 21,3 para 20,8 (por 100.000 habitantes), de acordo com o Mapa da Violência de 2004.

Hoje as desigualdades e o racismo continuam oprimindo a juventude negra, pois segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), temos no Brasil 11,5 milhões de jovens negros de 18 a 24 anos de idade, o que representa 6,6% da população brasileira. A taxa de analfabetismo dos jovens negros é de 5,8%, é três vezes maior do que a observada para os jovens brancos (1,9%). Em média, os jovens negros têm dois anos a menos de estudo do que os brancos da mesma faixa etária: 7,5 anos e 9,4 anos, respectivamente.

A evidência de que a inclusão social da juventude negra caminha a curtos passos nos convoca a travar a boa luta; é preciso mobilizar, participar e promover politicas publicas de juventude; é preciso que nossa juventude saia do papel de vitima do racismo social e institucional, que figure agora como agente principal na construção desse país; que ingressem na universidade; que tomem as rédeas de seu destino e acima de tudo que vivam com dignidade.

Para tanto ser um jovem negro ou uma jovem negra no Brasil não pode continuar implicando em figurar nos piores índices sociais, cabe a nós continuar a missão de Zumbi dos Palmares, Luiz Gama, Dandara, João Cândido, Luiza Mahin e tantos outros heróis nacionais e de ancestralidade guerreira do povo afro descendente.